Indiscutivelmente as novas tecnologias estão transformando radicalmente os tratamentos na área da saúde. A expansão e o rápido desenvolvimento tem deixado os profissionais na vanguarda dos sofisticados processos tecnológicos. Novos equipamentos, softwares e aplicativos são lançados quase que diariamente, aumentando constantemente o arsenal a ser utilizado. A inteligência artificial avança nos sofisticados processos de diagnósticos e monitoramento de pacientes. Processos de gestão tornam-se mais simples com o aumento da complexidade dos programas. A relação profissional-paciente transforma-se cada dia mais para uma realidade virtual.
Nesse processo, a odontologia também avança. Talvez numa velocidade ainda inferior à medicina, mas podemos visualizar as transformações por que passamos. Os processos CAD/CAM, escaneamentos intrabucais e simulações 3D de cirurgias representam apenas algumas dessas novas tecnologias que provocam admiração, espanto e até receio! A adoção de novas tecnologias não ocorre da mesma forma por todos e, muitas vezes, reflete o comportamento individual perante as novidades e aos riscos.
Quando uma nova tecnologia é lançada, os primeiros a adotá-las são considerados inovadores, o que pode trazer momentaneamente algum diferencial em relação aos serviços prestados. Com a avanço do tempo, aqueles que passam a aderir à tecnologia, ainda precocemente, são considerados adeptos e também participam do processo de inovação. Até esse ponto, corre-se o risco da tecnologia não se mostrar adequada ou até ineficiente, sendo retirada do mercado, podendo gerar algum constrangimento àqueles que assumiram o risco e inovaram. Se a tecnologia se mostra já mais confiável, uma maioria de pessoas passam a aceitá-la e a utilizá-la. Nesse momento, ela deixa de ser uma novidade e a sua utilização avança entre os profissionais. Somente após ultrapassar essa barreira entre os primeiros adeptos e a maioria inicial é que a nova tecnologia adquire uma concreta adesão. Mas existem aqueles mais céticos que só passam a aceitar e utilizar as novas tecnologias após terem bastante informações e certezas sobre sua eficácia e eficiência. Normalmente são profissionais que não gostam de correr riscos e esperam a confirmação detalhada dos benefícios tecnológicos. Porém, esses profissionais se posicionam mais tardiamente no mercado, o que pode representar uma substancial perda de pacientes e receitas pois só passam a utilizar a nova tecnologia quase que por uma imposição.
Perfil de adesão às tecnologias
- Inovadores – São entusiastas e os primeiros a aderir a uma tecnologia nova. São influenciadores e representam 2,5% dos profissionais.
- Primeiros adeptos – São visionários e mesmo desconhecendo a tecnologia eles aderem. Representam 13,5% dos profissionais. Eles têm os inovadores como referência e buscam utilizar a inovação como fonte de vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes.
- Maioria inicial – São pragmáticos, representam 34% dos profissionais e adotam a inovação somente após verificarem que tal produto tem um histórico de sucesso. Eles compram a tecnologia pela capacidade que ela tem de viabilizar negócios. São aqueles que percebendo o movimento de adoção dos demais, também querem fazer parte.
- Maioria tardia – São conservadores, representam outros 34% e não veem vantagens em adotar a tecnologia, principalmente considerando o retorno sobre o investimento. Estes valorizam a funcionalidade e a praticidade do produto e são sensíveis ao preço. Normalmente resistem, mas por fim se rendem a cultura da nova tecnologia
- Retardatários – São céticos, representam 16% dos profissionais, são inseguros em adotar novidades, não gostam de experimentar coisas novas e não seguem modismos. Sendo tradicionalistas, costumam realizar sempre da mesma forma e só adotam a inovação quando não tem outra alternativa.
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Para ler mais:
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