A Ortodontia é uma especialidade da Odontologia. Para se tornar um especialista, são necessários 5 anos de graduação em Odontologia e, posteriormente, mais 2 ou 3 anos de pós-graduação. Para a formação de um Mestre ou um Doutor, são necessários de 3 a 5 anos. Na pós-graduação, estuda-se os processos relacionados ao diagnóstico, planejamento e técnicas de tratamento, crescimento craniofacial normal e seus desvios da normalidade, as interferências genéticas e ambientais que possam desenvolver qualquer alteração dentária ou esquelética, as interações da Ortodontia com outras especialidades médicas, odontológicas, fonoaudiológicas, etc. Portanto, Ortodontia é uma profissão de saúde, deve ser encarada como tal e o ortodontista deve ser o responsável e soberano no diagnóstico, no planejamento e na correta indicação de aparelhos e técnicas a serem empregadas, pois possui o compromisso com o resultado do tratamento proposto.
Atualmente o mercado ortodôntico tem sido invadido por diversas empresas que fabricam alinhadores dentários. A evolução da tecnologia de scaneamento e impressão 3D provocou alterações significativas. A inteligência artificial aprimora, a cada dia, os meios de programação dos movimentos dentários “ensinando” os algorítimos computacionais através dos dados gerados pelos inúmeros planejamentos já realizados. Essa revolução é ótima e sem retorno!
Então, qual o problema?
Simplesmente essas empresas, cada vez mais, estão eliminando o ortodontista do processo. Com um marketing agressivo, várias vendem suas placas alinhadoras para profissionais sem formação na área e outras já têm vendido, fora do Brasil, diretamente ao “consumidor” final, pois seus programas e “técnicos especializados” fazem o planejamento virtual e, após a aprovação do “cliente”, produzem as placas e as enviam para entrega.
Profissionais despreparados ortodonticamente se esquecem que os resultados prometidos muitas vezes não são alcançados sem alterações nos planejamentos iniciais e reformulação dos caminhos terapêuticos, fato corriqueiro no dia-a-dia do ortodontista. Nem tudo é uma “mágica” planejada em 3D. Mas não se enganem… os profissionais ainda são os responsáveis pelos resultados finais a serem alcançados!
E a empresa que produziu as placas? Se isenta de qualquer responsabilidade!
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