O tracionamento de caninos impactados requer um diagnóstico preciso e um planejamento adequado a cada situação. A utilização de radiografias e tomografias computadorizadas (TCs) representam os meios auxiliares mais utilizados para a correta localização desses dentes. Especial atenção tem sido dado às TCs, pois a capacidade de visualização tridimensional e as análises dos cortes axiais permitem identificar a proximidade com os dentes adjacentes, sobretudo dos incisivos laterais. Dessa forma, podemos planejar corretamente a resultante de força necessária para tracionar o canino, evitando-se ao máximo as reabsorções indesejadas dos incisivos.
Diversos tipos de aparelhos e sistemas de força podem ser utilizados. Aparelhos removíveis para o tracionamento alcançam sucesso, mas algumas vezes a cooperação do paciente pode ser um fator negativo no andamento do tratamento. Sistemas de molas em forma cantilever, por vestibular ou palatino, também são efetivos, mas podem machucar ou lesionar as mucosas.
Um sistema bastante simples pode ser construído com gurin com slot redondo e gancho haste longa (Morelli®) fixado ao fio retangular 018″x 025″ de aço. A forma do slot permite uma rotação do gurin e sua fixação na posição horizontal. Pequenos ajustes podem ser feitos com alicate 139 para evitar a interferência da haste com o pré-molar. A haste longa ajuda a prevenir lesões na mucosa do palato quando colocado o alastic para tracionar o canino. Esse sistema simples e discreto se mostra bastante efetivo nesses casos. Apenas não podemos negligenciar a possibilidade de anquilose do canino, o que provocaria a intrusão dos dentes adjacentes ao sistema, com a consequente alteração do plano oclusal.
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