O que uma rede social, uma profissão e um comportamento moral têm em comum? A princípio nada. Mas na verdade tudo!
As redes sociais transformaram os relacionamentos interpessoais. Hoje namora-se virtualmente, encontra-se os amigos virtualmente, vive-se ligado aos mais diversos tipos de redes sociais. O mundo social está dentro de um computador.
Muito se valoriza a quantidade de “likes”, “retwitters”, compartilhamentos e comentários nas postagens. Algumas pessoas chegam a ficar desesperadas quando seu post não alcança uma grande repercussão. O mundo se tornou mais virtual do que real!
O problema é que o virtual trouxe consigo outras mudanças nos aspectos do comportamento pessoal. A sensação de anonimato que as redes sociais proporcionam favorecem constantemente a um comportamento que ultrapassa os limites e as fronteiras éticas profissionais. Posts de embriaguez, ofensas e desavenças pessoais, festas regadas a grande quantidade de bebidas, autopromoção, dentre outras, são constantes nas redes. Além disso, imagens de pacientes, de tratamentos, de blocos cirúrgicos, postagens “ao vivo” de atendimento e procedimentos, selfies estão cada vez mais presentes.
O Código de ética do Conselho existe para a proteção dos profissionais, dos pacientes e de toda uma classe. Nele estão as regras para que não sejam ultrapassados os limites no relacionamento profissional/paciente, os deveres e obrigações com os pacientes e seus familiares, a preservação do anonimato e sigilo das informações, além das normas quanto ao marketing, a divulgação e o comportamento profissional.
Contudo, no mundo real, o que se vê, é o completo desconhecimento ou desprezo por essas regras. Ser um “pop” virtual se tornou mais importante do que ser um “pop” na vida real. Mas o profissional de saúde não pode se esquecer que o seu comportamento na vida virtual fará parte do julgamento do seu caráter ético e do seu comportamento moral na vida real. Um simples click pode destruir toda uma carreira construída ao longo dos anos. Já viu isso acontecer?