A expansão rápida da maxila (ERM) ou disjunção maxilar constitui de um procedimento da ortodontia cujo principal objetivo é alcançar o aumento transversal da base óssea maxilar por meio da abertura da sutura palatina mediana. Os principais aparelhos descritos para essa finalidade constituem-se de um parafuso expansor posicionado transversalmente ao centro do palato e apoiado nos dentes posteriores superiores. A principal variação entre os aparelhos é a presença ou não de um suporte mucoso, dando à sua arquitetura características dentomucossuportada (Haas – Fig 1A) ou dentossuportada (Hyrax – Fig 1B). Embora existam diversas variações de desenhos e parafusos para esses aparelhos descritos na literatura, a filosofia de utilização permanece a mesma, bem como seus efeitos dentários e esqueléticos resultantes da sua ativação.
 
 
indicações:
- Mordidas cruzadas posteriores uni ou bilaterais.
- Atresias maxilares moderadas e severas sem mordidas cruzadas posteriores
- Falta de espaço no arco maxilar para acomodar todos os dentes.
- Fissuras labiopalatinas.
- Coadjuvante nos tratamentos da Classe III com protração maxilar.
- Coadjuvante nos tratamentos ortopédicos funcionais da Classe II.
A grande versatilidade do uso desse aparelho faz com que ele seja um dos principais aparelhos auxiliares nos tratamentos das diversas más oclusões. A opção pelo recobrimento de acrílico sobre a mucosa do palato dependerá de fatores como:
- Escolha profissional
- Dificuldade de alimentação
- Dificuldade de higienização
- Escolha da família/paciente
Metodologia de ativação:
Exite na literatura a descrição de várias metodologias de ativação do parafuso disjuntor. Como a ideia básica desse aparelho é proporcionar a abertura da sutura palatina mediana, torna-se necessário a aplicação de uma força suficientemente grande para romper as resistências das lâminas horizontais do palato (Fig. 2A), da sutura (Fig.2B) e do arco do zigomático (Fig. 2C), principais áreas anatômicas que contrapõem a ação do aparelho.
 
  
 
As principais metodologias de ativação podem ser resumidas em:
- Abertura de 4/4 de volta do parafuso na instalação, seguida de 2/4 de volta 2 vezes ao dia, com controle semanal pelo ortodontista.
- Abertura de 4/4 de volta do parafuso na instalação, seguida de 1/4 de volta 2 vezes ao dia, com controle semanal pelo ortodontista.

Outras metodologias podem ser sugeridas pelo ortodontista ou alteradas durante a fase ativa da expansão maxilar. Cabe ao profissional a orientação aos familiares dos meios corretos para a ativação em casa do parafuso e a supervisão semanal do andamento do processo. Vale lembrar que, se realizada dentro da fase ideal de crescimento, as disjunções ocorrerão em um espaço de tempo entre 7 a 14 dias. Porém um período de aproximadamente 6 meses serão necessários para a estabilização da sutura. Para essa estabilização utiliza-se o próprio aparelho, de forma passiva. Após esse período, se necessário, pode-se substituí-lo por uma placa de Hawley por mais 6 meses.
Para ler mais: https://ortodontiamazzieiro.com.br/blog/mordida-cruzada-posterior-quando-tratar/
Referências:
- McNamara JA. Early intervention in the transverse dimension—is it worth the effort? Am JOrthod Dentofacial Orthop 2002;121(6):572–574.
- da Silva Filho OG, Boas M ,Capelozza L .Rapid maxillary expansion in the primary and mixed dentitions—a cephalometric evaluation. Am JOrthod Dentofacial Orthop.1991;100:171–181.
- Ronald A.Bell, Thomas J. Kiebach. Posterior crossbites in children: Developmental-based diagnosis and implications to normative growth patterns. Semin Orthod 2014;20:77–113


 
					 
					 Segundo J. Kurol, se a imagem radiográfica da coroa do canino estiver posicionada posteriormente a uma linha traçada sobre o longo-eixo do incisivo lateral superior, o dente apresentará 90% de chance de recuperar a sua trajetória de erupção se as atitudes corretas forem implementas.  Quanto mais a imagem da ponta do canino ultrapassar essa linha, em direção anterior, menores serão as chances do canino irromper de forma espontânea. Outra referência importante é o ângulo formado entre os longos-eixos do canino e do incisivo lateral. Valores inferiores a 55 graus se mostram mais favoráveis à erupção espontânea.
Segundo J. Kurol, se a imagem radiográfica da coroa do canino estiver posicionada posteriormente a uma linha traçada sobre o longo-eixo do incisivo lateral superior, o dente apresentará 90% de chance de recuperar a sua trajetória de erupção se as atitudes corretas forem implementas.  Quanto mais a imagem da ponta do canino ultrapassar essa linha, em direção anterior, menores serão as chances do canino irromper de forma espontânea. Outra referência importante é o ângulo formado entre os longos-eixos do canino e do incisivo lateral. Valores inferiores a 55 graus se mostram mais favoráveis à erupção espontânea. 
					

 2- Drogas que estimulam a formação óssea:
2- Drogas que estimulam a formação óssea: 
					
 
					

 
					



 
					

